3º dia – Machu Picchu

Ollantaytambo evidencia o plano urbano da antiga cidadela inca. Deve ser observada toda a complexidade da cultura desse povo andino, com construções que desafiam o terreno, erguidas com base em técnicas ainda desconhecidas, para o culto de religiões que até hoje ainda são seguidas por parte dos habitantes locais. A visita ao Vale Sagrado é uma imersão nesse passado ainda pouco estudado, isolado, e por isso conservado em muitas das suas características fundamentais, tanto físicas quanto culturais.

Deixamos as motos em um estacionamento próximo à pousada e pela manhã, pegamos o Vistadome. Trata-se do trem (www.perurail.com) que sai de Cuzco e Ollantaytambo na direção de Águas Calientes, local onde se toma o ônibus que leva ao passeio a Machu Picchu. Muito confortável, possui em seu teto vidros para que os passageiros possam desfrutar da paisagem da região.

Em Águas Calientes, deixamos os apetrechos em nosso Hotel e como meu único tênis ainda encontrava-se ensopado(em virtude da chuva que pegamos em Rio Branco), parti para a rua para comprar um para a caminhada em Machu Picchu. Quase todas as lojas no local são exclusivamente para turistas. Me indicaram o Mercado Central e após alguma busca, achei uma pequena loja com uma pequena variedade, com diversas marcas desconhecidas. Comprei o que parecia mais apropriado junto com um par de meias e partimos. O grupo já estava de partida para o passeio.

Viagem de moto até Machu Picchu

Para chegar a Machu Picchu, pega-se um ônibus que têm saídas a todo instante e o caminho é muito íngreme. Estrada de chão e uma intensa neblina escondia parte do caminho maravilhoso, onde rochas imensas constrastavam com o rio passando lá embaixo.

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Ao chegarmos à entrada do parque, além da neblina, início de chuva. Começamos nossa caminhada e a neblina impedia a visão da arquitetura da cidade. Porém, após uns 20 minutos, finalmente ela começou a dissipar e as imagens eram de uma beleza ímpar.

Machu Picchu é simplesmente a atração número um do Peru e talvez da própria América Andina. Em língua quéchua significa “montanha velha”, está localizada sobre uma montanha de granito e abriga impressionantes construções erguidas com pesados blocos de rocha. Cercado de enigmas a respeito de sua criação e serventia, o local, declarado pela Unesco como Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade, está a 112 quilômetros de Cuzco e 2.350 metros acima do nível do mar. Desde que a descoberta da cidadela inca foi anunciada pelo historiador americano Hiram Bingham em 1911, sua complexa e misteriosa arquitetura encastelada num cenário montanhoso dramático vem atraindo turistas de todo o mundo. Tanta popularidade levou Machu Picchu, uma das novas sete maravilhas do mundo, a sofrer com o turismo desenfreado e alguns dos preços mais altos do país. Mesmo assim, hordas de turistas desembarcam sem parar nessa antiga cidade inca de pedra, seja pela clássica Trilha Inca ou por trens vindos de Cuzco. E motivos não faltam para tamanha determinação. Para muitos, é a viagem de uma vida.

A caminhada pelo Parque é bem difícil. Além de muitas subidas e descidas, o chão úmido da chuva e o tênis comprado no Mercado Central, transformaram meu passeio num suplício. A cada passo que eu dava, ele me machucava mais. Após rodar mais de uma hora, resolvi retornar à entrada do parque. A nossa guia Cristina, muito solícita, me levou por caminhos alternativos para lá. Esse caminhos eram bem mais íngremes que o normal e cheguei lá embaixo com os pés em frangalhos. Como ainda me encontrava com as sandálias na bolsa, substitui imediatamente e o molhado da chuva e o frio eram um alívio para eles.

Seguimos para Águas Calientes para almoçar. Lá, apreciei um Carpaccio de Alpaca e pagamos preço bem salgado. Além disso, ali foi cobrada a maior “propina”(gorjeta) da viagem, 20% sobre o valor da nota, questionamos, porém informaram que ali era o padrão. À noite, saímos para jantar e notamos que apesar de muitos restaurantes, todos fechavam às 22 horas, pois a região era mais de turismo de caminhadas, todos acordando cedo.

Pela manhã, ao pegar o trem para retornar a Ollantaytambo, encontramos Eron e Joana na estação. Eles iriam fazer o roteiro de Machu Picchu. Verificaram pela internet o Hotel em Cuzco e lá se hospedaram. À noite estaríamos novamente juntos.

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